No
último dia 10 de Abril a Argentina ficou completamente parada. Os trens, metrôs
e ônibus não saíram do lugar, as fábricas pararam, tudo parou. Esta grande ação
em nosso país vizinho é um exemplo para os trabalhadores aqui.
Depois
de quase 10 anos dos governos Kirchner, que tal como Lula e Dilma, fazem um
discurso de ser um “governo do povo” quem paga as contas das mudanças da
economia (inflação, desvalorização da moeda, dissídios sem aumentos reais) são
os trabalhadores, pois as regalias dos governantes e os lucros das patronais
tanto Dilma como Cristina Kirchner querem manter intactos.
Frente
a esta situação diversos sindicatos e centrais sindicais, mesmo algumas
historicamente pelegas e ligadas ao peronismo (partido da burguesia, mas que
historicamente gerou ilusões na classe trabalhadora argentina), chamaram a
fazer greve. Mas os trabalhadores argentinos fizeram muito mais que só aderir
ao que estes burocratas e pelegos chamaram.
Estes
sindicatos queriam um dia que as pessoas ficassem em casa e ponto. Os trabalhadores,
com grande influência da esquerda, sobretudo de companheiros do PTS (Partido
dos Trabalhadores Socialistas) fizeram assembleias em cada fábrica que foi
possível, mesmo naquelas que os sindicatos não apoiavam a greve, e junto aos
trabalhadores votaram aderir à greve e não ficar parado em casa, mas organizar
grandes piquetes e manifestações de rua. Nestas manifestações os trabalhadores
também levantaram uma reivindicação que a burocracia ignora, a absolvição dos
petroleiros de Las Heras, injusta e ilegalmente condenados à prisão perpétua
acusados de terem matado um policial em uma manifestação.
Ao
lutar por seu salário e condições de vida, não abandonar os companheiros que
foram condenados, e sabendo agir ao mesmo tempo em que setores burocráticos chamam
a greve mas nada fazem, os “Hermanos” dão um exemplo. Precisamos ser
inteligentes. Pode ser que em algum momento uma CUT, uma Força Sindical, chamem
greve, não é por isto que não temos que fazer. Temos que fazer mas do nosso
jeito. Com assembleias, ativamente, com manifestações de rua e com as
reivindicações que nós votarmos.
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