quinta-feira, 8 de maio de 2014

Façamos como nossos “hermanos” argentinos, que fizeram uma grande paralisação nacional no dia 10 de abril



No último dia 10 de Abril a Argentina ficou completamente parada. Os trens, metrôs e ônibus não saíram do lugar, as fábricas pararam, tudo parou. Esta grande ação em nosso país vizinho é um exemplo para os trabalhadores aqui.

Depois de quase 10 anos dos governos Kirchner, que tal como Lula e Dilma, fazem um discurso de ser um “governo do povo” quem paga as contas das mudanças da economia (inflação, desvalorização da moeda, dissídios sem aumentos reais) são os trabalhadores, pois as regalias dos governantes e os lucros das patronais tanto Dilma como Cristina Kirchner querem manter intactos.

Frente a esta situação diversos sindicatos e centrais sindicais, mesmo algumas historicamente pelegas e ligadas ao peronismo (partido da burguesia, mas que historicamente gerou ilusões na classe trabalhadora argentina), chamaram a fazer greve. Mas os trabalhadores argentinos fizeram muito mais que só aderir ao que estes burocratas e pelegos chamaram.

Estes sindicatos queriam um dia que as pessoas ficassem em casa e ponto. Os trabalhadores, com grande influência da esquerda, sobretudo de companheiros do PTS (Partido dos Trabalhadores Socialistas) fizeram assembleias em cada fábrica que foi possível, mesmo naquelas que os sindicatos não apoiavam a greve, e junto aos trabalhadores votaram aderir à greve e não ficar parado em casa, mas organizar grandes piquetes e manifestações de rua. Nestas manifestações os trabalhadores também levantaram uma reivindicação que a burocracia ignora, a absolvição dos petroleiros de Las Heras, injusta e ilegalmente condenados à prisão perpétua acusados de terem matado um policial em uma manifestação.



Ao lutar por seu salário e condições de vida, não abandonar os companheiros que foram condenados, e sabendo agir ao mesmo tempo em que setores burocráticos chamam a greve mas nada fazem, os “Hermanos” dão um exemplo. Precisamos ser inteligentes. Pode ser que em algum momento uma CUT, uma Força Sindical, chamem greve, não é por isto que não temos que fazer. Temos que fazer mas do nosso jeito. Com assembleias, ativamente, com manifestações de rua e com as reivindicações que nós votarmos. 

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